quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Guest Post: The only thing you can buy that makes you richer!



A única coisa que podes comprar e te torna mais rico, by Susana Rodrigues

As minhas primeiras palavras neste cantinho não vão ser propriamente sobre mim, nem sobre a sua autora (a quem agradeço com muito carinho o convite), mas sobre algo que temos em comum: a paixão pelas viagens, ou numa palavra, fernweh:
Sempre que tenho oportunidade, faço-o. Tempo livre, algum dinheiro no bolso, um destino novo ou repetido (porque não há uma vez igual a outra),e boa companhia são os ingredientes suficientes para uma nova partida.
Há quem não perceba este modo de viver, que o veja como fútil e um desperdício de dinheiro. Mas como comecei por dizer neste título, e assim acredito, viajar torna-nos mais ricos. Além disso, já fui mordida pelo “travel bug”, e quem o é, nunca mais perde a vontade de voltar a viajar. É estar sempre a desejar o próximo destino, a próxima experiência. É fazer uma lista de destinos, ver vôos, falar com os amigos…e muitas vezes ir na onda. Até pensava ir a Londres mas um amigo viu uma promoção espetacular para Barcelona…sigaaaa! Olé! O Big Ben fica para outra vez.
Cada viagem que começa é um misto desta “brincadeira” com uma coisa muito séria.
Diz o meu escritor de eleição, Gonçalo Cadilhe, o seguinte:  
“Parece que as grandes partidas, as viagens épicas, as epopeias precisam de começar com o nascer do sol – talvez para lembrar aos mais dorminhocos que uma viagem é uma coisa muito séria, nunca ninguém regressa igual a casa.”
Cada viagem que começo, sei à partida que me vai fazer colocar tudo em perspetiva. Para o bem ou para o mal, tudo o que vejo e até ali desconhecia faz-me repensar o meu mundo.
Coisas boas fazem-nos voltar com ideias novas, até projetos inovadores, conversas entusiasmantes, uma atitude renovada e de leveza com a vida!
Mas nem sempre é um mar de rosas, nem tudo é lindo e nem sempre voltamos vislumbrados. Às vezes damos de frente com péssimas condições de vida, com miúdos de 6 anos que deviam estar em casa ou a brincar ou a estudar, a serem presos por polícias armados de metralhadoras como assisti no Brasil. São situações que não queríamos ter visto, sentimo-nos impotentes e com as férias estragadas. Mas ainda assim…sabem que mais? Vale a pena. Porque faz-nos dar valor ao que temos. Antes de reclamar por perder uma manhã no hospital para ser atendida, lembro-me de sítios por onde passei e os seus cidadãos, pessoas iguais amim que não possam pagar um seguro de saúde caríssimo, escusam de perder tempo na fila para as urgências porque não vão ser atendidos.

Tudo isto faz-nos sentir mais agradecidos. E por isso é tão bom voltar ao conforto de casa.
Mal sabemos que já voltamos diferentes, porque…
“Quando viajamos não é apenas o espaço que muda, é o próprio tempo que se altera. Entre o que éramos quando partimos e o que sentimos ser quando regressamos, passa uma corrente de transformações pessoais, uma evolução íntima que não corresponde ao modo normal, corrente, ao modo habitual de crescimento espiritual dos seres humanos. Para lá do tempo físico, objetivo, que durou a viagem, houve outra dimensão de tempo onde parte da nossa alma andou a caminhar.” Gonçalo Cadilhe, Tournée

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The only thing you can buy that makes you richer, by Susana Rodrigues

My first words in this blog will not be strictly about me, nor about its author ( whom I thank dearly the invitatio), but on something we have in common:  passion for travel, or in just a word - fernweh:
Whenever I get the chance , I do it. Free time, some money in my pocket, a new destination or repeated ( because there is no time like the other), and good company, are enough ingredients for a new departure .
Some people don't realize this way of living. They may see it as frivolous and a waste of money. But as I began by saying in the title, and as I believe: traveling makes us richer. I've been also bitten by the " travel bug ", and who is bitten never loses the desire to travel again. You'll always crave for the next destination, the next experience. You make a list of destinations, search for great cheap flights, talk with friends ... and often you just go on the wave. A few years I was thinking about going to London but a friend saw a spectacular promotion for Barcelona ... "let’s goooo" ! Olé ! The Big Ben will still be there for some other time.
Every journey that begins is a mixture of this "game " with a very serious thing. My favorite writer, Gonçalo Cadilhe says:
" It seems that the big departures, the remarkable travels, the epics ones, they need to start with the sunrise - perhaps to remind the more sleepers that a trip is a very serious thing, no one ever returns the same to its home. "
Every trip I start, I know in advance that it will make me to put everything in perspective. For better or worst, all I'll see, that I didn’t know til then, will make me rethink about my world.
Good things will come back to us with: new ideas,  innovative designs, exciting conversations  and with an attitude of lightness and renewed with life!
But it is not always a "bed of roses". Not everything is beautiful and sometimes we don't always return mesmerized. Sometimes we face the poor living conditions, 6-yeasr-old kids who should be at home or playing or studying, being arrested by police armed with machine guns, as I witnessed in Brazil. These are situations that we didn't want to have seen. We feel helpless and the holidays are ruined. But still ... you know what? So Worth it. Because it makes us value what we have. Before you complain about losing a morning at the hospital to be attended, remember that there are places with peolple just like you that can’t afford expensive health insurance, so they have no access to health care what so ever .
Situations like this makes us feel more grateful. And so it's so nice to come back to the comfort of home.
Hardly knowing that we have returned different because ...
" When we travel is not just the space that changes, it's time itself that changes. Between what we were when we started and what we feel to be when we return, there's a current of personal transformation, an intimate evolution that does not correspond to normal, current, the usual way of spiritual growth of human beings. Beyond the physical time, objective, which lasted the trip, there was another dimension of time where part of our soul walked the walk ." Gonçalo Cadilhe,Tournée.



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