From Deustchland with Love!

Em Março fez um ano que fui a Alemanha. Uma viagem marcada em cima da hora mas que calhou na melhor altura possível. Dividida por três cidades, a viagem foi feita em cinco dias e todos eles especiais e ricos em aprendizagem.

Começamos por Frankfurt (saída do Porto – Ryanair). Uma cidade que associava sempre às salchichas e à economia europeia. À saída da Estação Central de Comboios já sabemos que estamos numa grande cidade. Vemos de tudo, desde pessoas com ar suspeito como aquelas que parecem terem saído de uma Runway. Ficamos num hostel simples, a poucos metros da Central. Tirando o facto que neste quarteirão só existiam casas nocturnas, não sentimos nenhum perigo. Com uns 4º, a andar pelas ruas à noite em direcção à zona comercial Zeil, reparamos que a cidade foi completamente renovada após a 2ª Guerra Mundial e agora está tudo moderno com muitos skyscrapers e bem iluminados (como a Maintower, Main Plaza, Gallileo e a torre do Commerzbank). Zeil, tem de ser uma das zonas mais lindas que já estive. As lojas de luxo ficam situadas a uns poucos metros de distância, na Goethestrasse e a carteira nunca quer ir a essas ruas, mas vale a pena. Obrigatoriamente tem de ser ainda visitado o coração histórico da cidade, Römerberg e aqui provar um bom Brezel.

Uma das melhores formas de conhecer um país é alugar um carro e na Alemanha tem a Autobahn que oferece excelentes condições. A nossa segunda paragem era Erfurt mas paramos para almoçar e lanchar em cidades amorosas como Butzbach, Lich eEisenach. Chegamos já de noite a Erfurt, uma cidade que parece ter saído de um livro de banda-desenhada, em que cada momento que andamos só paramos para nos expressar com um simples: “oh, que lindo!”. Ainda com mais frio do que em Frankfurt, adoramos o facto de que as esplanadas dos cafés estavam com muitos clientes, com mantas sobre as pernas e ao pé de aquecedores externos. O melhor: a comerem gelados. Foi nesta cidade que comemos o “cachorro-quente” da zona que recomendo completamente; ao contrário do vinho quente. Em Erfurt reparamos que existe muito cuidado com a alimentação, já que tudo o que víamos era saudável e as padarias tinham muitos pães com cereais e bolos com pouco açúcar. Uma cidade linda, que tem muitos eléctricos, lindas igrejas, incluindo a Catedral de Erfurt, o que faz que estes sejam um cenário incrível para boas fotografias. Recomendo ainda uma ida a um restaurante tradicional e provar uma boa cerveja caseira e comer as famosas batatas de Turíngia.

No terceiro dia fomos para Leipzig. Acho que nunca tinha visto tantos camiões como nesse dia. Só sei que ultrapassamos mais de 30 de uma vez só. Durante a viagem de carro (um querido Ford Fiesta que aquecia os assentos de vez em quando), olhava para as florestas e só pensava no que esta tinha visto na Segunda Guerra Mundial…. E quando chegamos a Leipzig, só faz recordar as histórias e filmes que tanto ouvimos e vimos na nossa vida. Uma cidade com um ambiente “pesado”, com prédios escuros e com pessoas com ar triste. O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de pessoas com capacidades reduzidas e com a importância que é dada e investida por todas a cidades que visitamos. Quase todas as infrestuturas estão preparadas para as receber e a verdade é que realmente são muitas pessoas que as usam. No entanto Leipzig, é uma grande cidade, que encontramos um pouco de tudo e até é considerada um centro de compras e de cultura. Edifícios históricos podem ser vistos e a Central (Leipzig Hauptbahnhof) é só por si um monumento. Aqui também podemos encontrar um grande centro de congressos e foi mesmo esse o objectivo da viagem: Feira de Reabilitação.

Foram cinco dias fantásticos em que deu para pôr em prática o alemão que aprendi durante o secundário. Mesmo assim, apesar da grande evolução dos alemães encontrei dificuldade em encontrar pessoas que sabiam falar inglês mas nada que uma linguagem gestual simples não resolva. Um país a voltar, pois ainda tem Berlim para descobrir.

Auf Wiedersehen!

“The World is a book, and those who do not travel read only a page.”

Saint Augustine